terça-feira, 4 de janeiro de 2005

Rio: Até no Mar Sai Tiroteio

Apesar da notícia abaixo ser um triste retrato da situação fora de controle no Rio de Janeiro, ela também demonstra que a população civil não precisa do governo para se defender. O grande problema da população civil no entanto é que nossos governantes têm trabalhado dia e noite para destruir o direito à autodefesa. Além de acabar com o porte legal de armas por civis nas ruas--agora só bandidos e certos membros do aparato estatal carregam armas--, nossos governantes estão tornando extremamente onerosa a posse de arma em casa e a prática do tiro. E não satisfeitos, estes mesmos governantes não aplicam energia nenhuma na perseguição e punição de bandidos. Essa campanha do desarmamento é a maior farsa da história do país, uma farsa cometida por uma cambada de hipócritas e ignorantes incapazes de ler sequer um livro antes de opinar sobre questões de vida ou morte.
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Rio, 04 de janeiro de 2005
O Globo - Versão impressa
Ataque de piratas, em Angra, acaba em tiroteio no mar
Ronaldo Braga

A Praia do Dentista, uma das mais famosas de Angra dos Reis, teve um tiroteio no último fim de semana, quando o Jango?s Bar, restaurante flutuante que fica fundeado na enseada, foi alvo de uma tentativa de assalto. Segundo policiais da 166 DP (Angra), os quatro assaltantes chegaram de barco e abordaram o restaurante flutuante, ao estilo dos piratas de antigamente. Pessoas que seriam seguranças particulares de empresários, cujas embarcações estavam fundeadas ali perto, reagiram e houve uma troca de tiros no mar. Os bandidos conseguiram fugir. Parte deles teria escapado a nado.

O delegado Francisco Benites Lopes esteve ontem no local para ouvir testemunhas. Um barqueiro teria sido ferido na virilha, mas a polícia não divulgou seu nome. O alvo dos bandidos era a féria do Jango?s. O flutuante tem pequenos botes que levam pratos e drinques para os barcos que ancoram ao seu redor, na enseada. O restaurante é muito procurado por grandes embarcações porque fica numa área com boa profundidade, de cerca de oito metros.

Segundo os policiais, vários empresários estavam perto, em lanchas, na hora do tiroteio. Ontem de manhã, turistas e moradores da região pediram mais segurança à Polícia Militar, à Polícia Civil e à Capitania dos Portos. Está sendo planejada uma grande operação, em data ainda não marcada, para reprimir a pirataria na Baía da Ilha Grande.

Um dos empresários que pediram mais segurança foi o presidente da empresa de telefonia Vivo, Francisco Padinha, que estava perto do Jango?s, no iate Royal Label. Ele estava hospedado numa casa de veraneio em Mombaça. Francisco Padinha veio passar a virada do ano no Estado do Rio porque patrocinou o réveillon e a procissão marítima de Angra dos Reis.