domingo, 23 de outubro de 2005

Uma Vitória, Finalmente, Para o Direito à Defesa da Vida e da Propriedade no Brasil


Maravilha...

Fantásticas as interpretações dadas pelos "especialistas" para a vitória do Não. Qual parte de um "Não" é difícil de entender?

Alguns do campo do Sim já se arrependem da consulta ao povo. Governadora do Rio, Her Rosinha Mateus:

"- Acontece que esse assunto é polêmico e mexe com o emocional das pessoas. Muita gente de bem, lógico, está votando no Não. Como governadora que tenho acesso a estatísticas, pesquisas e projeções, afirmo que o desarmamento agregado a um conjunto de outras medidas é necessário para acabar com a violência. Esse referendo, caso o 'Não' venha a vencer, estará dando uma sobrevida a um segmento que mata, o comércio de armas. Haverá um prazo de carência muito grande para o debate ser retomado e isso é preocupante."

Por que é que o povo do Sim não mostrou essas estatísticas na televisão? Acha o povo muito idiota para entendê-las? Isso demonstra pela enésima vez o elitismo puro da turma do Sim. E a Rosinha, obviamente, é mais uma das celebridades que prega o desarmamento cercada por capangas armados (as custas do povão no caso dela), prontos para puxar o gatilho por ela. É hipocrisia PURA. É difícil ler a opinião dessa gente de estomago vazio.

Comemoremos enquanto podemos, mas voltemos ao trabalho, pois o próximo passo dessa turma será tentar ignorar completamente a vontade do povo. Pode apostar.

sábado, 15 de outubro de 2005

Vai Ser Tendencioso Assim no Inferno

Vejam alguns trechos de uma reportagem do O Globo sobre o aumento da compra legal de armas antes do desarmamento (as pessoas estao percebendo que se o "Sim" ganhar, havera' duas classes de cidadaos no Brasil: os "Com-Arma" e os "Sem-Arma"). Inacreditavel:

"Três meses depois, em julho, as vendas saltaram para 9.800. Em agosto, a escalada armamentista dos cidadãos comuns atingiu o pico: 12.600 armas entregues a um anônimo exército de particulares."

"anônimo exército"?? A quantidade de informacao que voce tem de dar para comprar uma arma legalmente e' uma coisa de doido.

"O crescimento da demanda, um movimento inédito num país em paz há mais de 200 anos, surpreendeu os lojistas."

"num país em paz há mais de 200 anos"?? Paz??! Essa turma do O Globo esta' e' completamente pirada. Os criminosos estao em guerra com a policia e a populacao--ha' batalhas diariamente! Talvez o que e' diferente aqui e' que finalmente o lado das vitimas esta' se armando. Esse jornal e' um absurdo.

sábado, 8 de outubro de 2005

Aristocracia da Bala

Não sei o que é mais incrível sobre este texto... se é o fato do autor ser um jornalista brasileiro... ou se o fato de O Globo ter permitido sua publicação nas suas páginas. Confira--sensacional.
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Aristocracia da bala
O Globo, 8-10-05

REINALDO AZEVEDO

Não sei até quando O GLOBO me atura. Pelo tempo que durar, os leitores verão, jamais adoto o estilo didático. Não sou pastor de idéias. Como no poema de Fernando Pessoa, não pego ninguém no braço e detesto que me peguem. Se Virgílio aparecer, vou com ele ao inferno. Como ele não vem, vou para o diabo sozinho. O bem só é bem se o for no fundamento, no objetivo e nos meios. Falhando um deles, é o contrário. Referendo das armas? Voto "Não". O fundamento é não matar? É bem. O objetivo é reduzir a violência? É bem. O meio implica privar o indivíduo do direito de autodefesa? É o mal que se insinua no bem; é o mal essencial.

Só vi revólver fora do coldre como vítima de assalto. Duas vezes. Numa terceira, estava na casa da minha mãe, ouvi um barulho assustador e saí à rua. Um sujeito tinha dado com o carro no poste. Fui socorrê-lo. Minhas filhas, então com 8 e 6 anos, me seguiram, assustadas e curiosas. O veículo era roubado. Ele saiu atirando na nossa direção. Era um passional. Não entregou seu instrumento de trabalho a Márcio Thomaz Bastos. Deve votar "Sim". Nem todo mundo do "Sim" é como ele, eu sei. Não satanizo os que divergem de mim. Quem vota "Não" é tratado como brucutu. Ah, a intolerância dos tolerantes!

Não tenho nem terei armas. Meu delírio de violência é matar passarinhos. Não sou um homem bom. Tentam mandar em mim com sua rotina anunciando auroras: "Vai dormir, vai dormir." Fico destroncando seus pescocinhos em pensamento como quem conta carneiros. Até apagar. São obsessivos. Eu não acredito em auroras. O dia nasce ainda que não cantem. Que imitem Marilena Chauí ? a que cala, não a que fala.

Faz-se uma pergunta às avessas. É duplipensar orwelliano. Por que não ir ao ponto: "O cidadão deve ter o direito de usar uma arma legal para se defender?" Em vez disso, optou-se pelo "Sim" que é "Não" e pelo "Não" que é "Sim". O referendo é inconstitucional. Não se põe em questão o direito de autodefesa. É raiz gêmea do princípio que preserva um indivíduo de se auto-incriminar. Há uma inviolabilidade do sujeito no estado de direito a que nenhum interesse coletivo se sobrepõe. Mais: as estatísticas em circulação não valem. Consta que a maioria das armas apreendidas com bandidos pertencia a cidadãos comuns. É mesmo? A amostragem é científica? Ora...

Outro argumento é que o homem de bem sempre leva a pior no confronto com marginais. Eis a estóica rendição do indivíduo e do Estado ao crime. Bandido virou dado da paisagem, como o Pão de Açúcar ou o Pico do Jaraguá. Até na Coréia do Norte o cara pode se matar se quiser. Enquanto isso, Bastos não entrega os presídios federais, não tira do papel o Plano Nacional de Segurança nem se move para unificar as polícias. Está ocupado demais tentando nos proteger de nós mesmos--e livrar Lula de encrencas--para nos proteger dos criminosos. Eis o homem.

Proíbam-se as viúvas de tomar Chicabom no portão, e surgirá a máfia das viúvas assassinas. A vitória do "Sim" que é "Não" aproximará o cidadão comum do submundo, que vai lhe fornecer a arma. A proibição só será virtuosa se inócua. Ou imaginemos a eficácia total: arma passa a ser monopólio do Estado e do crime organizado. Como o Estado jamais atende o telefone, bastará ao bandido dotado de seu 'meio de produção' tocar a campainha de nossa casa e levar o que for de seu agrado. Terá estuprado o nosso direito, mas não nos terá matado, como diria Kant. Ou não foi ele? Alguém garante que ficarmos expostos aos bandidos é um mal menor do que eventuais acidentes domésticos com armas?

Queria ser bacana como os artistas do "Sim", alguns sempre acompanhados de seguranças--armados, claro--como cansei de ver no Aeroporto Santos Dumont. Também há empresários simpáticos à causa. A vitória do "Sim" criará a aristocracia da bala: alguns terão o direito constitucional à segurança armada, privada, legal, exercida por empresas. O resto que faça a negociação direta com o crime. É o máximo do Estado mínimo! Já adverti: não valho nada, não quero convencer ninguém, não sou bom e torço em pensamento pescoço de passarinhos.

REINALDO AZEVEDO é jornalista. E-mail: mahfud@uol.com.br.

domingo, 2 de outubro de 2005

Resposta a um Visitante desde Website

"Eu vejo que você é CONTRA o desarmamento, e em seu site pude ver vários argumentos consideraveis... estariam eles tão corretos assim?

De que adianta os ''bandidos'' souberem que a popução não possui armas e para isso nos seguirem até em casa para fazer amizade, se ELES ainda terão armas para realizar atos ilicitos?

Uma grande parte das armas dos ''bandidos'' é obtida com furtos das pessoas que legalmente têm armas, se estas pessoas deixarem suas armas de lado, o numero de armas no Brasil diminuiria, e por consequencia os custos das outras fontes de armas brasileiras, como o mercado negro, subiriam o preço de suas armas, desse modo dificultaria a obtenção de armas dos ''bandidos''.

Já vi argumentos dizendo que existem muitas armas nos EUA, mas comparados com o Brasil os indices de homicidio por armas de fogo são muito mais baixos, mas quem quer comparar EUA com BRA? Os EUA são um pais de 1° mundo, com indices de desigualdade social, falta de educação e etc muitos mais baixos que o Brasil. Os EUA devem ser comparados com paises como o Canadá, onde existe a lei do desarmamento e os indices de homicio são muito mais baixos que os dos EUA. Se existisse outro país com indices de desigualdade social, violencia, etc, como os do Brasil, porém COM a lei do desarmamento em vigor, poderiamos compara-los e ver que seus indices de homicidios por armas de fogo seriam muito mais baixos.

Outra coisa é que de cada 4 pessoas que reagem contra um assalto apenas 1 obtem sucesso. Leavando isso em conta com numeros altos, como 4 milhoes de pessoas, 3 milhoes perderiam suas vidas por causa que reagiram com suas armas de fogo. E como já disse antes o desarmamento diminuirá a quantidade de armas possuida pelos ''bandidos'', isso não acabará com a criminalidade, obviamente, mas diminuirá as mortes por armas de fogo. VocÊ prefere ser assaltado por alguem com uma faca ou por um revolver?

Bem esses são alguns dos argumentos que fazem eu ser A FAVOR do desarmamento. Gostaria de ver o seu lado e que respondesse DIRETAMENTE esses argumentos. Espero também mudar a opnião de muitas pessoas que devem estar lendo essa mensagem nesse momento.

Um comprimento cordial"

Antonio (Algusto dos Santos)
Rio de Janeiro
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Seguem minhas respostas.

ANTONIO: "Uma grande parte das armas dos ''bandidos'' é obtida com furtos das pessoas que legalmente têm armas, se estas pessoas deixarem suas armas de lado, o numero de armas no Brasil diminuiria, e por consequencia os custos das outras fontes de armas brasileiras, como o mercado negro, subiriam o preço de suas armas, desse modo dificultaria a obtenção de armas dos ''bandidos''."

EDITOR: Você está dizendo que a curva de oferta diminuirá enquanto que a curva da demanda ficará imóvel à longo prazo. Ambos provavelmente não ocorrerão. Mesmo que você assuma que parte da oferta será destruída--ou seja, assumindo que civis não terão armas ilegais--, nada indica que os contrabandistas não ocuparão o novo espaço vazio, expandindo o contrabando. E se os preços das armas no mercado negro subirem, isso provavelmente expandirá o contrabando. Os preços poderão até voltar ao que eram pré-desarmamento, e ainda assim os contrabandistas estarão felizes pois estarão vendendo mais armas--aquelas que vendiam pré-desarmamento e aquelas que ocuparão o espaço das armas que antes eram furtadas dos civis. Além disso, a demanda por armas poderá aumentar pois o número de bandidos poderá aumentar--afinal de contas, ninguém nega que roubar e estuprar gente indefesa é mais fácil. Um aumento de demanda aumentaria o preço das armas ilegais--mantendo outras variáveis constantes--, mas os bandidos, por outro lado, estariam extraindo mais bens da população que estaria indefesa após o desarmamento (seria loucura considerar a hipótese de que o governo aumentaria nossa segurança). E os contrabandistas estariam faturando ainda mais já que um aumento da demanda aumentaria o preço e também o número de armas vendidas.

Agora, reconheço que eu e você estamos falando de hipóteses... O que é que a realidade nos mostra? Bom, basta ler o que ocorreu no Reino Unido e na Austrália após a passagem de severas leis anti-armas: Ambos são ilhas, onde o controle de fronteiras é bem mais fácil que no Brasil, e ambos tiveram um aumento vertiginoso das taxas de crimes com e sem armas. O Reino Unido implementou um severo desarmamento em 1997 (no Brasil, o plebiscito decidirá somente sobre a proibição da venda, e se passar, vai criar a classe dos "com-armas" e dos "sem-armas", ou seja, continuará existindo armas nas mãos de civis. Se houver um confisco mais tarde das armas legais existentes, o governo brasileiro terá de pagar valor de mercado por elas, o que custaria centenas de milhares de reais aos cofres públicos). No entanto, entre 1998/99 e 2002/03 a taxa de crimes com armas na Inglaterra e no País de Gales dobrou. Desde 1996, a taxa de crimes violentos subiu 69%; a taxa de assaltos subiu 45% e a taxa de assassinatos subiu 54%. A '2000 International Crime Victimization Survey' mostrou que a taxa de crimes violentos na Inglaterra e no País de Gales era o dobro da norte-americana. A diferença deve ter aumentado já que desde então crimes reportados pela polícia inglesa subiram 35%, enquanto que nos EUA houve uma pequena queda.

ANTONIO: "Já vi argumentos dizendo que existem muitas armas nos EUA, mas comparados com o Brasil os indices de homicidio por armas de fogo são muito mais baixos, mas quem quer comparar EUA com BRA? Os EUA são um pais de 1° mundo, com indices de desigualdade social, falta de educação e etc muitos mais baixos que o Brasil. Os EUA devem ser comparados com paises como o Canadá, onde existe a lei do desarmamento e os indices de homicio são muito mais baixos que os dos EUA. Se existisse outro país com indices de desigualdade social, violencia, etc, como os do Brasil, porém COM a lei do desarmamento em vigor, poderiamos compara-los e ver que seus indices de homicidios por armas de fogo seriam muito mais baixos."

EDITOR: Primeiramente, não existe lei do desarmamento no Canadá. A venda de armas lá para civis é legal. De fato as vendas de armas lá são mais restritas do que nos EUA. Porém desde que o programa de registro de armas começou em 1998, a taxa de homicídios canadense aumentou, enquanto a dos EUA caiu. Os canadenses já gastaram mais de $1 bilhão de dólares no seu registro de armas--500 vezes as estimativas iniciais. Para quê? Ainda assim, as taxas de crimes com armas nos EUA são de fato maiores que as do Canadá. Mas isso se dá ao maior controle de armas no Canadá? O grosso dos crimes violentos norte-americanos acontece em guetos, em geral envolvendo pessoas com ficha criminal--uma faceta social do EUA que não ocorre no seu vizinho do norte. Uma comparação mais homogenia das taxas de homicídios entre os dois países se dá comparando estados americanos ao sul da fronteira EUA-Canadá--Idaho, Montana, Dakota do Norte e Minnesota--com as províncias canadenses ao norte da fronteira--Alberta, Manitoba e Saskatchwan. Neste caso o que se vê é que o controle de armas canadense não teve efeito, apesar de achacar cidadãos de bem, tirar suas liberdades e tomar mais recursos fiscais. Pense nisso lembrando que a posse de metralhadores em Montana é permitida (com licença) e que o porte de armas nas ruas é permitido nos quatro estados americanos mencionados.

ANTONIO: "Outra coisa é que de cada 4 pessoas que reagem contra um assalto apenas 1 obtem sucesso. Leavando isso em conta com numeros altos, como 4 milhoes de pessoas, 3 milhoes perderiam suas vidas por causa que reagiram com suas armas de fogo. E como já disse antes o desarmamento diminuirá a quantidade de armas possuida pelos ''bandidos'', isso não acabará com a criminalidade, obviamente, mas diminuirá as mortes por armas de fogo. VocÊ prefere ser assaltado por alguem com uma faca ou por um revolver?"

EDITOR: A última vez que li sobre números semelhantes a estes, a fonte dos dados havia sido um delegado. Não tenho nada contra delegados, porém conduzir um estudo desses requer instrumentos estatísticos complexos. O maior e mais óbvio problema com esse tipo de estudo é que ele sofre de um gigantesco "viés de amostra". Este tipo de viés pode levá-lo a concluir que um excelente hospital é pior que o centro de saúde da esquina porque o hospital tem uma taxa de mortalidade maior. Os registros policiais praticamente só tomam nota dos casos de defesa mal sucedidos. O sujeito que atira num vagabundo na rua ou que mostra uma arma para um vagabundo e o põe para correr, não vai à delegacia contar sua história. Prof. John Lott Jr., durante estadia na Universidade de Chicago, conduziu uma pesquisa e estimou que nos EUA em 98% dos casos de usos defensivos de armas de fogo, a mera amostra da arma afugentou o agressor. Esta taxa de sucesso já foi revista um pouco para baixo por outros estudos, mas ainda continua na casa dos 85%-95%--bem longe dos 25% que você menciona.

Cordialmente,
Editor

sábado, 10 de setembro de 2005

Um dia normal no Rio

Para os que acham que exagerei ao responder a um visitante dizendo que o Rio de Janeiro já está em guerra civil--apesar de já ser quase impossível comprar armas legalmente diante te todas as barreiras burocráticas--, aqui vão algumas manchetes de um dia "normal" no Rio, publicadas hoje:

- "Acesso ao Rebouças é fechado de novo" (O Globo)
Já é o segundo ou terceiro fechamento da semana

- "Cem PMs vão patrulhar o Morro do Vidigal" (O Globo)
Traficantes estão em "guerra"

- "Forças Armadas farão segurança do Pan de 2007" (O Globo)
Por motivos óbvios: o governo não mais controla a cidade.

- "Mata dominada pelo tráfico" (JB)
Isso é novidade? O que que não está dominado pelo tráfico no Rio?

- "Duas pessoas morrem em ataque a posto da PM em favela de Bonsucesso" (O Globo)
Um dos mortos foi um sargento da PM. Os bandidos estavam armados de fuzis. A venda de fuzis é proibida para civis no Brasil há décadas, com exceções absurdamente burocráticas para colecionadores.

- "Escoltado, coronel visita o Vidigal" (JB)
"Escoltado por 30 policiais armados de pistolas e fuzis, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Hudson de Aguiar Miranda, entrou ontem na mata do Vidigal para assegurar que a corporação não perdeu o domínio sobre a região"

quinta-feira, 18 de agosto de 2005

terça-feira, 14 de junho de 2005

Impunidade e "Justiça Social"

Sou um dos que não acredita nessa história de que a raiz da atual violência fora de controle é a "injustiça social". Qualquer que seja a forma de medir tal injustiça, essa medida não disparou nos últimos 10-15 anos. Mas a violência disparou. O que mudou é que após a abertura democrática houve um aumento alucinado da impunidade. Nossos políticos pós-ditadura simplesmente não acreditam que lugar de bandido é debaixo do chão ou na cadeia. Por conseqüência os menores de idade hoje têm licença para matar, enquanto os maiores de idade têm de caprichar na barbárie para acabarem presos. Nossos governos se metem em milhares de detalhes de nossas vidas, mas cuidar de prisão, não é com eles. Você já ouviu um político falar em construir mais prisões para meramente aplicar as leis existentes? Não, o necessário é "investir no social", e enquanto isso os bandidos ficam soltos. Há três conseqüências dessa atitude. Uma, claro, é o aumento da impunidade. A segunda é que como os bandidos andam soltos, nós, as vítimas, que acabamos trancados. Nossas casas e prédios se tornaram verdadeiras fortalezas. A terceira conseqüência é a justiça feita nas ruas, pelas vítimas que capturam os bandidos e pela polícia, para "compensar" o fato de que a punição oficial inexiste. Desnecessário lembrar que essa justiça popular freqüentemente é bem pior que o crime cometido, fora outros problemas que ela gera. Mas nossas elites não estão nem aí. O que interessa para elas é esperar a chegada da "justiça social" para resolver tudo, independente do nível de barbárie presente. Percebe-se que não há mais um limite de tolerância para a atitude dos bandidos. Na noite do natal passado, bandidos da Rocinha promoveram um show de balas traçantes sobre a favela, e no dia seguinte saiu só uma pequena nota na página 15 do maior jornal do Rio. E a polícia na nota negava qualquer confronto, o que é infelizmente verdade pois ninguém confrontou os atiradores. Nossas elites preferem brincar de roleta russa a abandonar a crença da salvação da justiça social.

quarta-feira, 8 de junho de 2005

Estatísticas que o Ministério da Justiça Não Vai Divulgar Sobre o Desarmamento

Rio, 08 de junho de 2005

O Globo - Caderno Rio - Versão impressa

Número de homicídios subiu 28,9% em março

Ronaldo Braga

O número de homicídios em março subiu 28,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com dados divulgados ontem pela Secretaria de Segurança. Foram 682 casos, o maior número mensal registrado nos últimos nove anos. A incidência de cinco dos dez crimes destacados no Boletim Mensal de Monitoramento e Análise aumentou comparando-se os dois meses. Além de homicídios, também tiveram alta os registros de assaltos em ônibus (97,3%) e a transeuntes (88,1%), de roubos e furtos de veículos (11,1%) e de latrocínio (52,9%). Houve queda nos casos de roubos de carga (5,7%), de assaltos a bancos (de cinco para quatro), a residências (5,4%) e a lojas (15%). Não foi registrado em março qualquer caso de seqüestro, assim como aconteceu no mesmo mês de 2004.

De acordo com o levantamento, 38,1% dos homicídios dolosos de março deste ano foram registrados na capital; 29,5% na Baixada Fluminense; 20,1% no interior; e 12,3% em Niterói. Do total de registros na capital, 47,3% foram feitos na Zona Norte; 44,6% na Zona Oeste; 4,2% na Zona Sul; e 3,8% no Centro.

O número de assaltos em ônibus subiu de 328 em março de 2004 para 647 no mesmo mês deste ano. Já o total de assaltos a transeuntes passou de 1.529 para 2.876. No caso de roubos e furtos de veículos, foram 4.474 registros em março de 2004 contra 4.970 no mesmo mês deste ano. Já o total de casos de latrocínio passou de 17 para 26.

No caso dos itens que apresentaram queda, o roubo de cargas passou de 244 para 230. Já o número de assaltos a residência caiu de 168 em março de 2004 para 159 no mesmo mês deste ano. E o total de registros de assaltos a lojas passou de 545 para 463.

Também foram divulgados outros números. De janeiro de 1991 até março deste ano, por exemplo, já foram roubados e furtados 682.680 veículos no Estado do Rio. O número de casos no primeiro trimestre deste ano foi 7,4% maior que no mesmo período de 2004 (949 crimes a mais). No levantamento da Secretaria de Segurança Pública, ficou assim o mapa de roubos e furtos em veículos: 67,9% dos casos aconteceram na capital; 16,2% na Baixada; 9,5% em Niterói; e 6.4% no interior. Na capital, a distribuição dos casos ficou assim: 69,1% na Zona Norte; 21,1% na Zona Oeste; 5% na Zona Sul; e 4,7% no Centro.

No caso de assaltos a transeuntes, a Secretaria de Segurança constatou que no primeiro trimestre deste ano já foram registrados 3.492 casos a mais que no mesmo período de 2004, o que significa um aumento de 80,4%. Na capital, 59,1% dos registros foram feitos na Zona Norte; 19% na Zona Oeste; 12,3% no Centro; e 9,6% na Zona Sul.

Já no item assaltos em ônibus, o primeiro trimestre deste ano registrou 1.651 casos, um aumento de 91,8% em relação ao mesmo período de 2004.

Rio, 08 de junho de 2005 Versão impressa


Número de homicídios subiu 28,9% em março

Ronaldo Braga

O número de homicídios em março subiu 28,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com dados divulgados ontem pela Secretaria de Segurança. Foram 682 casos, o maior número mensal registrado nos últimos nove anos. A incidência de cinco dos dez crimes destacados no Boletim Mensal de Monitoramento e Análise aumentou comparando-se os dois meses. Além de homicídios, também tiveram alta os registros de assaltos em ônibus (97,3%) e a transeuntes (88,1%), de roubos e furtos de veículos (11,1%) e de latrocínio (52,9%). Houve queda nos casos de roubos de carga (5,7%), de assaltos a bancos (de cinco para quatro), a residências (5,4%) e a lojas (15%). Não foi registrado em março qualquer caso de seqüestro, assim como aconteceu no mesmo mês de 2004.

De acordo com o levantamento, 38,1% dos homicídios dolosos de março deste ano foram registrados na capital; 29,5% na Baixada Fluminense; 20,1% no interior; e 12,3% em Niterói. Do total de registros na capital, 47,3% foram feitos na Zona Norte; 44,6% na Zona Oeste; 4,2% na Zona Sul; e 3,8% no Centro.

O número de assaltos em ônibus subiu de 328 em março de 2004 para 647 no mesmo mês deste ano. Já o total de assaltos a transeuntes passou de 1.529 para 2.876. No caso de roubos e furtos de veículos, foram 4.474 registros em março de 2004 contra 4.970 no mesmo mês deste ano. Já o total de casos de latrocínio passou de 17 para 26.

No caso dos itens que apresentaram queda, o roubo de cargas passou de 244 para 230. Já o número de assaltos a residência caiu de 168 em março de 2004 para 159 no mesmo mês deste ano. E o total de registros de assaltos a lojas passou de 545 para 463.

Também foram divulgados outros números. De janeiro de 1991 até março deste ano, por exemplo, já foram roubados e furtados 682.680 veículos no Estado do Rio. O número de casos no primeiro trimestre deste ano foi 7,4% maior que no mesmo período de 2004 (949 crimes a mais). No levantamento da Secretaria de Segurança Pública, ficou assim o mapa de roubos e furtos em veículos: 67,9% dos casos aconteceram na capital; 16,2% na Baixada; 9,5% em Niterói; e 6.4% no interior. Na capital, a distribuição dos casos ficou assim: 69,1% na Zona Norte; 21,1% na Zona Oeste; 5% na Zona Sul; e 4,7% no Centro.

No caso de assaltos a transeuntes, a Secretaria de Segurança constatou que no primeiro trimestre deste ano já foram registrados 3.492 casos a mais que no mesmo período de 2004, o que significa um aumento de 80,4%. Na capital, 59,1% dos registros foram feitos na Zona Norte; 19% na Zona Oeste; 12,3% no Centro; e 9,6% na Zona Sul.

Já no item assaltos em ônibus, o primeiro trimestre deste ano registrou 1.651 casos, um aumento de 91,8% em relação ao mesmo período de 2004.

domingo, 5 de junho de 2005

Guerra Civil no Rio

Enquanto antes da Segunda Guerra Churchill disse, em pronunciamento para os EUA, "Britain must arm, America must arm" (10/16/1938), nossos grandes estadistas, já em plena guerra civil, dizem "o brasileiro tem de se desarmar". Já dá para ver, com a liderança que aí está, quem vai ganhar nossa atual guerra.

Enquanto isso no Rio, mais um dia, mais uma batalha...
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Tiroteio no Centro fecha ruas e fere morador

O Globo - 04/06/2005 - 22h05m

RIO - Tiros, granadas e perseguição levaram pânico este sábado às ruas do Centro do Rio. O suposto seqüestro de um policial civil por traficantes do Morro da Providência mobilizou cerca de 60 policiais militares, um helicóptero e dois carros blindados. O policial teria sido assaltado na Rua do Livramento, segundopoliciais da Coordenadoria de Operações Especiais (Core) que participaram da operação. Apenas um contra-cheque do policial foi encontrado na favela.

O suposto seqüestro mobilizou cerca de 60 policiais militares, um helicóptero e dois carros blindados. Segundo primeiras informações da PM, o policial civil teria sido seqüestrado em represália a uma perseguição a bandidos feita por policiais do 5BPM (Praça da Harmonia) momentos antes, no Morro do Pinto, vizinho ao Morro da Providência. Após duas horas de intenso tiroteio, a PM informara que o policial fora resgatado por PMs na localidade conhecida por Caixa D´água. Agora há pouco, policiais da Core disseram que apenas os documentos do policial civil estavam no alto do morro.

Durante o tiroteio, Franscisco José Bezerra, de 33 anos, morador da Providência, foi baleado no braço. Vander Santiago da Silva de Oliveira Silba, 23 anos, um dos sequestradosres, segundo a polícia, foi baleado nas nádegas. Os dois foram levados para o Hospital Souza Aguiar.

O conflito teve início na tarde deste sábado, quando policiais do 5º BPM (Praça da Harmonia) patrulhavam o Morro do Pinto, no Centro e abordaram uma picape S10 com três homens. Ao se aproximarem do carro, os policiais foram recebidos a tiro pelos bandidos. A perseguição seguiu pelas ruas Francisco Bicalho, Rodrigues Alves até o bairro de Santo Cristo, no Centro. Na Vila Portuária, um dos acessos ao Morro da Providência, os bandidos abandonaram a picape e fugiram a pé para o interior da favela. Os policiais ainda tentaram entrar no morro, mas foram recebidos a bala e tiveram que recuar. O carro apresentava marca de sangue, mas até o final da noite de ontem nenhum homem suspeito baleado foi socorrido em hospitais públicos do Rio. Segundo a polícia, o carro foi roubado na noite de sexta-feira, no Largo de Santo Cristo.

Já na 4ª DP (Central), para onde levaram a picape, os policiais militares foram avisados de que uma denúncia anônima tinha sido feita ao 5 BPM (Praça da Harmonia) dando conta de que um policial civil tinha sido sequestrado em seu carro, um Siena, na Rua do Livramento. Ainda segundo a denúncia, o carro do policial estaria abandonado na localidade conhecida por Laje, na Rua Barão da Gamboa. Com o reforço de policiais de três batalhões, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e o apoio de um helicóptero e dois carros blindados, eles voltaram ao Morro da Providência para checar a denúncia. Quando se aproximaram da favela, teve início uma intensa troca de tiros. Os bandidos lançaram pelo menos dez granadas contra os policiais.

O Viaduto 31 de Março e Rua Waldemar Dutra, acessos ao Viaduto São Sebastião foram interditados. Do outro lado do Morro da Providência, na Gamboa, a polícia interditou a Rua Barão da Gamboa. Os policiais chegaram a arrombar o portão do Cemitério dos Ingleses para ter acesso ao morro. A troca de tiros durou pelo menos duas horas até o resgate do policial, na localidade conhecida por Caixa D'água.

quarta-feira, 25 de maio de 2005

Situação Fora de Controle no Rio

Mas segundo estatísticas de entidades independentes, tais como o Ministério da Justiça, a compra de trabucos de viúvas e aposentados surtiu efeito e a criminalidade está diminuindo. Essa turma do governo acha que somos completos idiotas!
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Violência de volta à "Faixa de Gaza" (editor: Rio de Janeiro, naturalmente)

O Globo - Versão Impressa - 25/5/2005

Célia Costa, Fábio Vasconcellos e Marcelo Dutra

Confrontos entre policiais, moradores do Complexo da Maré e traficantes fecharam parcialmente ontem à tarde três das principais vias da cidade: a Avenida Brasil e as linhas Amarela e Vermelha. As interdições provocaram engarrafamentos nas principais saídas do Centro do Rio para as zona Norte e Oeste. Um helicóptero e o veículo blindado da PM, conhecido como caveirão, foram usados no combate aos bandidos. Durante o tumulto, um homem ainda não identificado morreu. À noite, houve nova troca de tiros, que causou o fechamento da Avenida Brasil e da Linha Amarela.

Os manifestantes protestavam contra policiais do 22 BPM (Maré), acusados de terem ferido, durante uma incursão na Vila dos Pinheiros, Júlio Lino Marceno, de 4 anos. O menino, baleado no joelho esquerdo, foi atingido na localidade conhecida como Ilha dos Macacos. Até o fim da noite, ele continuava no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Geral de Bonsucesso (HGB).

A confusão começou por volta de 16h30m, quando moradores e traficantes da Vila dos Pinheiros fecharam a pista da Linha Vermelha no sentido Centro, ateando fogo a pneus e caixotes. Os manifestantes foram rechaçados por policiais do 22 BPM. Apavorados com o barulho dos tiros e a quantidade de entulho ainda na pista, motoristas deram marcha a ré. Outros, como o proprietário do Palio GUS-3549, de Além Paraíba (MG), abandonaram seus carros e fugiram.

PMs foram atacados com três granadas
(editor: Isso no Rio já é comum, mas a proibição da venda de revólveres para a população de bem vai acabar com o uso desses armamentos pesados. hehehe)

Armados com fuzis e pistolas (editor: em geral pistolas .40 S&W e 9mm, isto é, armas que não são vendidas em lojas), os traficantes seguiram para a Avenida Brasil, fechando as duas pistas laterais no sentido Zona Oeste, em frente à Favela Boa Esperança. PMs do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE) que estavam na Fiocruz correram para o local e houve nova troca de tiros. Funcionários da Fiocruz foram impedidos de sair.

Um helicóptero e policiais de diferentes delegacias e unidades da PM, incluindo o Grupamento Especial Tático-Móvel (Getam), reforçaram o combate aos bandidos. As duas pistas ficaram fechadas de 17h até por volta de 18h. Na fuga, traficantes atiraram três granadas contra os policiais. Um homem foi ferido e levado para o HGB, onde morreu. Pouco depois, os policiais foram chamados pelo rádio para intervir em outro confronto. Dessa vez, na Linha Amarela no sentido Ilha do Governador, em frente à Vila do João. O coronel Roberto Penteado, comandante do BPVE, tentava, em vão, fechar a via em ambos os sentidos.

- Mandei fechar, mas o oficial que está lá na frente não entendeu a ordem e fechamos apenas no sentido Ilha ? dizia ele, enquanto os carros passavam em frente à favela.

Com os confrontos, o trânsito ficou caótico. Quem saía do Centro encontrou o tráfego parado no Elevado da Perimetral, sentido Zona Oeste, desde o Aeroporto Santos Dummont até o Elevado do Gasômetro, que também estava com trânsito lento. Motoristas que estavam na Avenida Presidente Vargas e na Praça da Bandeira precisaram ter muita paciência para chegar à Avenida Brasil, pois a Avenida Francisco Bicalho também estava congestionada. O Centro de Controle Operacional (CCO) da prefeitura informou que os congestionamentos na Avenida Brasil e na Perimetral chegaram a cerca de 15 quilômetros.

A Linha Amarela, sentido Ilha do Governador, teve o tráfego desviado na altura da Avenida Brasil. De acordo com a Lamsa, o engarrafamento de cinco quilômetros chegou até a saída 4, perto do Shopping Nova América. Já a Linha Vermelha teve o trânsito interditado várias vezes, provocando um grande congestionamento, no sentido Centro, que chegou até a altura da Rodovia Washington Luiz e da Via Dutra. A confusão deixou motoristas atordoados. O comerciante José Rodrigues Ferreira, que tem uma loja em Bonsucesso e voltava para casa em Botafogo, tentou vários caminhos para chegar à Avenida Brasil.

- Fiquei dando voltas até que resolvi ficar em Bonsucesso, esperando que a situação se acalmasse ? contou Ferreira.

sábado, 14 de maio de 2005

Mulher de Ministro Prova que o Governo Não Oferece Segurança (O Mesmo Governo que Quer Te Desarmar)

Que maravilha... A esposa de um ministro de estado liga para 190 e é atendida por uma caixa de mensagens. Seria de rolar de rir se não fosse o governo deste mesmo ministro aquele que quer também que nenhum brasileiro possa se defender legalmente com armas. É isso aí: os bacanas que querem nos desarmar--os editores e presidentes do Globo, membros do governo, os Eduardo Eugenio Gouvêa Vieiras da vida, as celebridades--andam de carros blindados e moram em condomínios com segurança, e alguns até andam com capangas armados, e não só não conseguem oferecer qualquer segurança estatal em contra-partida, como também não conseguem nem maquiar a insegurança com um sistema 190 que funcione. São uma cambada de Zés Manés, incompetentes e hipócritas. É difícil imaginar que o povo brasileiro possa ser enganado a ponto de aceitar o fim do seu direito de se defender já que está mais que provado que ninguém do governo--ninguém--proverá qualquer tipo de proteção (pelo contrário, com o monopólio da defesa da vida provavelmente abusarão do poder com horror, destruição e roubo). Se o referendo acontecer e o povo sucumbir à lavagem cerebral da nossa mídia elitista-entreguista, será um dos pontos mais baixos da história do país.
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14/05/2005 - 00h45m
Assaltantes atiram contra carro de mulher do ministro Gilberto Gil

Fábio Vasconcellos - O Globo OnLine

RIO - A mulher do ministro da Cultura, Gilberto Gil, viveu na noite desta sexta-feira momentos de pânico, em Botafogo, quando assaltantes armados atiraram 16 vezes contra o carro em que ela e a irmã estavam. Flora Gil e Fátima Giordano foram abordadas por volta de 18h30m por um assaltante, quando entravam numa picape Volvo, na esquina das ruas Visconde de Caravelas e Capitão Salomão. O bandido recebia a cobertura de um outro ladrão de moto, armado com uma pistola. Fátima, que estava no banco do motorista, fechou a porta do carro, prendendo os dedos da mão esquerda do assaltante. Com um revólver calibre 38, ele atirou contra o vidro, na direção da cabeça de Fátima. A blindagem do veículo, no entanto, salvou as vítimas.

O desespero de Flora Gil e da irmã foi acompanhado pelo ministro, que está em Angola. Quando entrava no carro, Flora falava com Gil pelo celular e teve que desligar ao perceber que se tratava de um assalto. Sem entender direito o que se passava, Gil voltou a ligar, mas a mulher não pôde atender os telefonemas.

- Disse para o Gil que não podia falar, já que estava sendo assaltada - disse Flora.

Uma pessoa que acompanhou o caso contou que a mulher do ministro chegou a ligar cinco vezes para o 190 (telefone da PM), mas a ligação só caía numa caixa postal, informando que o serviço estava indisponível no momento.

Flora conseguiu sair do veículo pela porta do carona, enquanto sua irmã mantinha o bandido preso à porta. Fátima acionou o alarme do veículo e pediu ajuda pelo microfone do carro. Enquanto isso, Flora correu para um restaurante para pedir ajuda, mas foi surpreendida pelo segundo assaltante, que vinha numa moto pela frente do veículo. Ele disparou dez tiros de pistola na direção da picape, acertando um dos pneus. Escondida atrás de uma banca de jornal, a mulher do ministro telefonou para a inspetora Marina Magessi, chefe do setor de investigação da Polinter, que tinha conhecido na quinta-feira, durante uma exibição de um filme do Afro Reggae. Marina estava no Aterro do Flamengo, seguindo para casa, mas foi para a Botafogo prestar socorro às vítimas.

- Minha irmã teve uma atitude corajosa de fechar a porta. Graças a Deus, o carro blindado nos salvou. Neste momento, só me lembro da música do Gil que diz "Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá" - disse Flora, lembrado a música "Andar com fé".

O bandido que atirou contra o vidro do veículo foi rendido por um rapaz que passava pelo local. Segundo Flora Gil, ele usava uma faca e conseguiu imobilizar o bandido, assim que as balas acabaram. Fátima abriu a porta, mas o criminoso acabou escapando. As duas foram orientadas por Marina Magessi a irem para a 10ª DP (Botafogo), onde registraram o caso. A inspetora recebeu um telefonema do ministro, que queria saber como a mulher a a cunhada estavam:

- Os bandidos atiraram com a intenção mesmo de matar. Quando percebeu que o vidro era blindado, ele continuou atirando para ver se o vidro cedia e acertava Fátima, que estava na direção - disse Marina.

Após registrar o caso, Flora e a irmã foram acompanhadas por policiais civis até sua casa, em São Conrado. Ainda muito abalada com o caso, Flora afirmou que não pretende sair da cidade:

- Esta é a minha cidade e a violência que acontece aqui acontece em vários lugares do mundo. Também não vou deixar de sair por causa disso. O que importa é que eu e minha irmã estamos bem, graças a Deus - completou Flora.

Policiais do 2º BPM (Botafogo) fizeram buscas em ruas do bairro para tentar localizar o bandido ferido na mão. Até o fim da noite, porém, ninguém havia sido preso.

sábado, 16 de abril de 2005

Nova Chacina--Não é a Primeira, Não Será a Última

Mesmo atrasado, não poderia deixar de comentar a nova chacina na baixada fluminense... Trinta pessoas assassinadas randomicamente por membros do governo... Este site e tantos outros contra o desarmamento de civis vem alertando há anos para um dos grandes perigos da criação de um monopólio governamental do uso legal de armas: a concentração de poderes que tal política cria, e o inevitável abuso dessa concentração de poderes. É preciso repetir lorde Acton? Esse tipo de chacina ainda não ocorreu em Ipanema porque lá nossas elites têm seguranças armados que provavelmente retribuiriam. Mas nas zonas mais pobres da cidade o desarmamento civil já é realidade: diante das onerosas e estapafúrdias exigências para a posse legal de uma arma, as únicas opções para os pobres são não ter arma ou ter uma ilegalmente (Bom, algumas áreas pobres têm segurança armada, conhecidas no Rio como 'polícias mineiras'. Mas não se preocupe pois O Globo está investindo pesado contra estes grupos que conseguiram fazer mais pela paz do que qualquer órgão federal, estadual ou municipal. Afinal no Rio o certo é os traficantes 'dominarem tudo'). E pobre armado você sabe--necessariamente 'é bandido'. Então muitos optam por não ter arma, tornando as regiões pobres playgrounds de assassinos. Na chacina do Vigário Geral os assassinos até arrastaram vítimas de suas casas para executá-las na rua. Pode tamanha barbaridade contra um povo ligeiramente preparado para se defender?

Interessante notar que os editores de O Globo e membros da nossa elite-entreguista-parisiense-que-já-tem-visto-americano-no-passaporte não estão usando esta chacina para exigir o desarmamento da polícia. Fora alguns utópicos suicidas do Morra-Rio, essa gente entende que a ação de alguns maus elementos da polícia não requer uma política que vai por em risco 100% da nossa força policial engajada numa guerra-civil. Ou seja, essa gente entende que o negócio é punir os policiais que usam armas de forma indevida. Lamentavelmente essa gente só aplica este bom-senso aos membros do governo, deixando a vasta maioria da população de fora.

Tudo no Brasil é voltado para punir os legais. Se você quer empregar legalmente, construir legalmente, alugar legalmente etc, você está fuzilado. E apesar dos vastos resultados negativos destas barreiras legais--favelização da moradia, do trabalho, do varejo, dos transportes--, nossos governantes e certos membros da nossa elite querem agora erguer barreiras contra a defesa legal. Inacreditável...

sexta-feira, 25 de março de 2005

Rio em Guerra Civil

É a Beirute da America do Sul. Só falta os carros-bomba. Um horror. Mas desde que a estrada até Búzios continue aberta, a elite não se incomoda e continua suas políticas que levarão à autodestruição da cidade.
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Coronel da PM promete guerra a assassinos de policiais

Giampaolo Braga e Marcos Almeida - Extra
Cristiane de Cássia - O Globo

RIO - Foram sepultados na tarde desta sexta-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, os corpos dos soldados do 2º BPM (Botafogo) Leonel Pimenta, de 28 anos, e Marcelo Corrêa e Silva, de 32, mortos a tiros por traficantes na noite de quinta-feira. Os soldados estavam trabalhando no posto de policiamento que fica no Cosme Velho, entre as galerias do Túnel Rebouças, quando foram vítimas de uma emboscada feita por bandidos que chegaram se arrastando pelo mato e atiraram à queima-roupa.

A Polícia Militar acredita que os dois tenham sido vítimas de uma represália a duas operações da polícia esta semana no Morro do Santo Amaro, no Catete, que terminaram com a prisão de quatro traficantes, entre eles o chefe da venda de drogas na área, e a apreensão de armas, granadas e entorpecentes num paiol subterrâneo.

Num discurso emocionado, durante o sepultamento, o comandante do 2º BPM, coronel Romão Vilaça, pediu que os policiais não abaixem a cabeça e prometeu ir atrás dos assassinos dos soldados:

- Vamos continuar essa guerra. Vamos atrás desses covardes. Eles não são animais, são monstros.

quarta-feira, 2 de março de 2005

Juiz Assassino Pego em Vídeo: Acompanhe Quanto Tempo Este Monstro Ficará Preso






Bom, aposto com quem quiser que esse juiz Pedro Percy Barbosa de Araújo não passa nem um ano atrás das grades. Num país de terceiro mundo ligeiramente mais decente que o nosso, um assassino frio desses seria trancado para sempre, enforcado ou fuzilado. Mas não, essa é a terra onde o estado é inexistente, o melhor, existe para achacar os seguidores das leis enquanto premia os bandidos. Juiz então... O que acontecerá com este juiz-assassino provará mais uma vez--entre milhões de outras provas--que a justiça no Brasil é a instituição mais risível que temos. Ela não faz o que se espera dela e faz o que não se espera (Nos discursos de formaturas de advogados das melhores escolas do país, os oradores chamam isso de "justiça social" ou "justiça ativa", e dão enorme apoio a estes termos onde a segunda palavra inverte o significado da primeira. Daí se entente melhor o atual colapso da instituição). É o perfeito inverso do que deveria ser. Nós temos um estado gigante, uma miríade de leis, e esse estado não consegue sequer trancar um monstro desses até o último dia da vida dele. É uma completa e absoluta falência dos deveres mais básicos daquilo que denominamos "governo". E imagine, diante de tal incapacidade, de tal falência de deveres, querer desarmar o cidadão alegando que, em tese, a defesa do mesmo, por este governo inexistente, é um "direito". Mas que piada... Os que ficarem esperando este direito vão esperar deitados num caixão.

sábado, 12 de fevereiro de 2005

Acreditou no Sistema? Tiros na Cabeça

Esta notícia representa o Brasil perfeitamente. Se você acredita no sistema e acha que ele serve para proteger sua vida e sua propriedade, você acaba com vários tiros na cabeça. Todo esse monstruoso e lento arcabouço legal que temos só serve para duas coisas: Achacar os que querem proteger a própria vida e propriedade, e ajudar os assassinos, os estupradores, os ladrões--enfim, as "vítimas" da "injustiça social". O ESTADO NO BRASIL NÃO EXISTE PARA AJUDÁ-LO. SE VOCÊ RENDEU SUA ARMA AO GOVERNO, SAIA E COMPRE UMA, E FAÇA UM CURSO DE TIRO, ANTES QUE VOCÊ TAMBÉM TERMINE COM TIROS NA CABEÇA. OU ENTÃO, MUDE DE PAÍS COM SUA FAMÍLIA. Nossa elite é doente da cabeça e a situação não vai melhorar antes de piorar muito.
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MARIDO É SUSPEITO DE ASSASSINAR DOMÉSTICA
O Globo, versão impressa, 12/2/2005

Horas antes do crime, mulher registrara queixa contra ele, por agressão, em São Gonçalo

A empregada doméstica Sandra Correia de Abreu, de 26 anos, foi assassinada com tiros na cabeça ontem de madrugada e seu corpo foi encontrado na Rua Ívio Domênico Naliato, a poucos metros de sua casa, em São Gonçalo. Horas antes, ela estivera na 75ª DP (Rio do Ouro), onde denunciara o marido, Fredson Alves Martins, de 21 anos, por agressão. Agora, ele é o principal suspeito do crime. Equipes da 75ª DP fizeram buscas ontem em São Gonçalo, Campos e Caxias--lugares onde Fredson morou--mas não conseguiram localizá-lo. O drama de Sandra começou às 8h de quinta-feira, quando o casal teve um discussão que, segundo ela, degenerou em sessões de espancamento por parte de Fredson. No fim da tarde, a doméstica procurou a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de São Gonçalo e contou que o marido havia apontado uma arma para sua cabeça, ameaçando-a de morte. Às 21h, Sandra procurou um posto da PM próximo à sua casa, dizendo que apanhara novamente. Policiais levaram então o casal à 75ª DP. Fredson assinou um termo de autuação e foi liberado. O delegado titular da 75ª DP, José Albuquerque Magalhães Júnior, disse que Fredson responde a um processo por roubo em Campos, mas não havia como mantê-lo preso: --De acordo com a lei 9.099, crimes considerados de baixo poder ofensivo, como agressão, não prevêem prisão para os acusados--disse. Magalhães Júnior informou que o fato de o suspeito já responder a um processo não altera essa situação: --Só poderíamos fazer alguma coisa se ele tivesse sido condenado e estivesse foragido--afirmou. Segundo o registro policial, Sandra disse também que no último dia 20 sofreu um aborto em conseqüência de uma surra que o marido lhe dera.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

Bonehead e Fátima São Assaltados em Casa



Os Globais podem andar mentindo muito sobre o desarmamento civil, mas não podem andar sobre água. A Globo não tem como escapar os resultados da sua fraudulenta campanha do desarmamento das vítimas, campanha que reduz a uma minúscula fração da população as pessoas que podem legalmente defender a vida e a propriedade. E os resultados são eventos como esse: Um mané que, na hora de apanhar as jóias, é capaz de colocar a arma na cintura em frente à vítima, não tem medo de entrar numa casa no meio da noite (assim como não tem medo de colocar a arma na cintura em frente à vítima). Vira coisa de criança--literalmente--cometer todo tipo de crime numa sociedade onde só membros armados do governo podem usar força antes ou durante a ação criminosa. Nossos governantes adoram falar do exemplo do desarmamento inglês, mas na verdade a Inglaterra é hoje muito mais violenta do que era no início do século vinte, quando a posse de armas era praticamente livre. Com a exceção da taxa de homicícios, a Inglaterra hoje é mais violenta que os EUA em praticamente todas as categories de crimes violentos. Por exemplo: Na Inglaterra quase metade das invasões de domicílios acontecem com os residentes presentes ("hot burglaries") enquanto que nos EUA essa taxa é 13%. O bandido inglês não se importa com a presença dos residentes enquanto que o bandido americano se importa. Isso não é surpresa já que a população americana é uma das mais bem armadas, com um estoque de armas de fogo de aproximadamente uma arma por cidadão.

Infelizmente utópicos não mudam de idéia facilmente, e as milhões de vítimas do socialismo são prova concreta disso. Só Deus sabe quantos brasileiros terão de sofrer e morrer nas mãos dos bandidos antes que a situação melhore.

domingo, 30 de janeiro de 2005

Resposta ao Editorial "A única Arma", O Globo, 30 de janeiro de 2005

"A única arma"

"Os defensores de um Brasil em que cada cidadão seria um miliciano armado e perenemente em pé de guerra baseiam seus argumentos numa premissa falsa."

Os opositores do desarmamento das vítimas querem meramente manter o direito moral e natural à legítima defesa--não querem, de forma alguma, criar uma obrigatoriedade de defesa de nada ou "um Brasil em que cada cidadão seria um miliciano armado". Quem não quiser defender a si ou a própria família, que não o faça. O Globo neste primeiro parágrafo tenta pintar os opositores do desarmamento civil como doidos num clássico ataque ad hominen. Num debate isso é coisa de gente com argumentos fracos.

"Para esses armamentistas equivocados, é como se diariamente duas facções se enfrentassem num gigantesco campo de batalha. De um lado estaria o exército das pessoas de bem, defendendo heroicamente a família, a propriedade, a vida civilizada. Do outro, as forças do mal ferozmente empenhadas em assaltar, roubar, tomar à força, insultar ? em benefício de criminosos que se locupletam dos gigantescos lucros de suas atividades ilícitas. De acordo com essa visão deturpada, no meio da eterna luta de vida e morte travada nos quatro cantos do país vem o governo federal e desarma os cidadãos honestos, reduzindo-os à impotência diante do inimigo cada vez mais arrogante e implacável."

Isso é uma "visão deturpada"? Por que?

"Infelizmente essa situação caricatural pode estar mais próxima da realidade do que parece."

Ué? Acabou de dizer que essa é uma visão deturpada e imediatamente diz que ela "pode estar mais próxima da realidade do que parece"? O que essa turma anda fumando?

"Não entra na cabeça dos adversários do programa de desarmamento que o grande inimigo comum são as armas de fogo, estejam nas mãos de bandidos, onde servem a objetivos escusos e são mortíferas; ou em poder de civis honestos mas despreparados, onde oferecem proteção ilusória e são igualmente letais."

DESDE QUANDO OS OPOSITORES DO DESARMAMENTO DEFENDERAM ARMAS NAS MÃOS DE BANDIDOS OU DE CIVIS DESPREPARADOS?? Nossa, esse é um editorial do maior jornal do Rio? Oh Globo, OS OPOSITORES DO DESARMAMENTO QUEREM SOMENTE MANTER O DIREITO A POSSE DE ARMAS POR CIVIS HONESTOS COM UM MÍNIMO DE PREPARO E SEM QUALQUER HISTÓRIO CRIMINAL. HÁ ALGUMA LEI DA FÍSICA QUE DIGA QUE SOMENTE MEMBROS DO GOVERNO TÊM UM MÍNIMO DE PREPARO E FICHA LIMPA?

"Em vez de pressionar o governo para desistir do programa, o que se deve fazer é cobrar do Estado um aparelho de segurança eficaz."

Se deve fazer ambos: Pressionar o governo para que ele desista deste confisco de um direito fundamental do cidadão, e cobrar preparo no combate ao crime. As duas coisas não são mutuamente exclusivas e devem ser feitas.

"Esta é a arma constitucional com que se protege a vida e tudo aquilo que faz dum aglomerado de pessoas uma sociedade humana, e dum pedaço de terra um país soberano e civilizado."

Errado, e pelo contrario: Esta é uma regra totalmente inconstitucional pois i) rouba do civil honesto o direito fundamental à legítima defesa e ii) descrimina contra os civis ao limitar a posse e o porte legal de armas a membros do governo. A idéia de constituição se baseia na idéia de limitar a ação dos MEMBROS DO GOVERNO. Achar que uma constituição justifica o roubo de um direito tão fundamental do cidadão é o cúmulo do absurdo. E não é através do roubo de direitos fundamentais, por aqueles que não apreciam tais direitos, que se transforma um "aglomerado de pessoas" numa "sociedade humana". Também pelo contrário: A sociedade se torna um aglomerado de pessoas na medida em que A tenta banir um direito fundamental que B aprecia simplesmente porque A não aprecia tal direito e acha que seu aniquilamento pode ajudar uma política governamental. B então não dará importância aos direitos que A aprecia no dia que tais direitos estiverem na mira dos governantes--mesmo que em questão esteja o direito de A viver. Vamos então de sociedade a um aglomerado de bárbaros. O Globo está totalmente enganado.

sábado, 29 de janeiro de 2005

"Meu carro está todo sujo de sangue"

Mais um dia normal na capital nacional da campanha do desarmamento das vítimas. Uma gente que resolve se extirpar do direito de autoproteção não pode ter outro destino senão a destruição e a escravidão pelos bandidos. A pena é essa gente com idéias suicidas passar leis que acabam matando os cidadãos de bem que querem se defender.
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O Globo, 29/1/05

Perseguição e tiroteio levam pânico a Copacabana
Ana Cláudia Costa

Pedestres, motoristas e comerciantes viveram momentos de pânico no início da tarde de ontem em Copacabana, depois que dois bandidos tentaram roubar o carro de um policial civil. A vítima reagiu e houve perseguição e tiroteio, do qual também participaram policiais militares. Um ladrão morreu, outro foi preso depois de atingido por cinco tiros e um PM ficou ferido. A confusão começou por volta de meio-dia, quando o inspetor da Polícia Civil José Tarle Soares, que estava parado com seu Gol na esquina das ruas Constante Ramos e Domingos Ferreira, foi abordado por um dos criminosos. O policial reagiu e um bandido que estava atrás da vítima fez dois disparos, que atingiram o pára-brisa. Bandido tentou fugir entrando em táxi O policial civil começou então a perseguir um dos ladrões, que fugiu pela Rua Domingos Ferreira, e o baleou nas costas. Fernando de Oliveira Henrique, de 24 anos, caiu morto em frente ao número 178. O outro bandido, Cristiano de Souza de França, de 30 anos, fugiu pela Rua Constante Ramos e se deparou com PMs do Batalhão de Turismo que faziam ronda na área. Houve troca tiros e o policial militar Igor Lima de Farias foi atingido por dois disparos na virilha. Baleado, Cristiano ainda tentou fugir entrando num táxi que estava parado num ponto da Rua Bolívar. O sargento da PM Paulo Cesar Almeida, no entanto, interceptou o táxi e houve nova troca de tiros, dessa vez na esquina da Rua Bolívar com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana. O criminoso foi atingido na perna e no braço quando estava em frente ao supermercado Zona Sul na Nossa Senhora de Copacabana. Na hora da tentativa de assalto ao inspetor, houve pânico entre pedestres e comerciantes da área. A mercearia na esquina das ruas Constante Ramos e Domingos Ferreira serviu de abrigo a pedesters. Segundo o proprietário da Casa Beatrice, Irineu Monteiro, as pessoas se esconderam atrás do balcão da loja. --Trabalho aqui há 20 anos e nunca vi uma cena dessa em Copacabana. O barulho dos tiros era ensurdecedor. As pessoas corriam desesperadas. Fiquei com medo de algum inocente ser atingido--disse o comerciante. Em meio ao tiroteio, uma funcionária de um chaveiro que também fica na esquina da Constante Ramos com a Domingos Ferreira escondeu-se atrás de um quiosque. Sem querer se identificar, ela contou que não viu o assalto, mas ouviu os tiros e procurou abrigo. --Foram muitos tiros. Nunca vi isso numa rua de Copacabana. Só tive tempo de me abaixar para me proteger. Ouvi gritos e correria--contou. "Meu carro está todo sujo de sangue", diz taxista Ainda assustado, o taxista Flávio Criscuolo, de 70 anos, contou que um dos bandidos chegou ao ponto da Rua Bolívar armado e baleado. Flávio disse que o criminoso entrou no táxi e ordenou a ele que saísse em disparada. --O bandido entrou no carro e disse para eu sair rapidamente. Eu consegui enrolar o assaltante e o policial percebeu tudo e o rendeu. Meu carro está todo sujo de sangue--contou o taxista. Na delegacia, o inspetor José Tarle Soares, que é lotado na Polinter, não quis dar declarações. O comandante do 19 BPM (Copacabana), coronel Dario Cony, que foi ao local, disse que seus policiais agiram de forma correta e evitaram que pedestres fossem feridos. A polícia apreendeu dois revólveres calibre 38 que estavam com os bandidos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2005

Preparando a População Para a Sodomia

Enquanto o governo recolhe as armas de fogo legais, distribui preservativos de graça. Faz sentido, afinal a população tem de estar preparada para ser sodomizada pelos bandidos. E já que a população está se desanimando com notícias de que o governo não paga pelas armas recolhidas, o governo poderia também usar esses preservativos como forma de pagamento--tipo um preservativo por revólver, dois por pistola, três por sub-metralhadora e quatro por fuzil. Granadas dariam direito a um preservativo aromatizado.
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Cartas dos Leitores de O Globo, 21-01-05

Preservativos

Com relação à matéria "Ministério vai distribuir 11 milhões de preservativos durante o carnaval" (20/1), o Ministério da Saúde informa que: o governo investiu R$ 5 milhões na campanha, que inclui outdoors, veiculação do filme de TV e do spot de rádio. Contudo, a aquisição de 11 milhões de preservativos não está incluída nesse valor; em 2005 serão distribuídos gratuitamente 700 milhões de preservativos. Somando-se a esse quantitativo o que é vendido no comércio e fornecido pelos estados e municípios, a previsão de uso do preservativo durante o ano é de 1,2 bilhão. A meta do governo é fornecer 1 bilhão de unidades em 2006.

ALEXANDRE MAGNO DE AGUIAR AMORIM, assessor de Comunicação do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, Brasília, DF

Férias no Rio--Só Doido

Coitada dessa infeliz figura que resolveu passar férias no Rio. Bom, pelo menos saiu vivo.
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Carta dos Leitores de O Globo, 21-01-05

Não ao Rio

Não volto mais ao Rio. Sou de Curitiba e passei no período de 25/12/04 a 9/1/05 dias de terror. No dia 27/12, presenciei um assalto a mão armada na Rua da Carioca, no Centro, com cerca de 14 PMs correndo atrás de dois elementos. Dia 2/1, troca de tiros entre PMs e traficantes no túnel na Avenida Princesa Isabel próximo ao Rio Sul. Dia 9/1, arrastão na areia do Leme seguido de rajadas de metralhadora por volta das 14h e umas 12 pessoas feridas em um microônibus na Princesa Isabel por volta das 18h quando pegava um táxi para o Aeroporto Internacional do Rio ? o taxista também fora assaltado. Tenho namorada no Rio e vou fazer o possível para tirá-la da área de guerra civil.

FELIPE ROEHE, Curitiba, PR

segunda-feira, 17 de janeiro de 2005

Para Os Que Ficam Dizendo que "Prisão Não é a Solução"

'População carcerária americana' vs. 'taxa de crimes violentos daquele país', 1993-2002.


Cena da Guerra Civil Carioca


sexta-feira, 7 de janeiro de 2005

Mais Punição Para os que Continuam Acreditando nas Mentiras Governamentais

Nossa senhora. Não bastando a lavagem cerebral oficial que leva tantos que não lêem livros a achar que estão melhores desarmados, o governo além disso nem paga pelas armas que recolhe. Como é que qualquer ser humano ainda acredita no que esta cambada de vigaristas e hipócritas--e ladrões--dizem? Brasileiros e brasileiras, pendurem as armas antigas na parede da sala ou usem-nas como peso de papel. Mas pelo amor de Deus, não entreguem suas armas para bandidos!!

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Pagamento das indenizações pelas entregas de armas está atrasado
O Globo, 07 de janeiro de 2005
Selma Schmidt

A rapidez com que as pessoas aderiram à Campanha pelo Desarmamento não correspondeu ao ritmo de pagamento pela devolução de armas. A promessa era de que em até 30 dias a indenização ? de R$ 100 a R$ 300 ? estaria na conta dos que entregassem o armamento. Mas há quem esteja esperando desde agosto do ano passado pelo dinheiro. Responsável pela campanha, o Ministério da Justiça alega que o atraso ocorreu porque o volume de armas era grande enquanto era pequena a quantidade de policiais federais encarregados da burocracia

-- Houve um engarrafamento de processos. Mas houve um reforço de pessoal e a simplificação dos procedimentos. A curto prazo a situação vai se normalizar--disse Antônio Rangel, do movimento Viva Rio, que coordena a campanha no estado.

Marcos Aurélio de Souza Pereira, um almoxarife desempregado de 38 anos, devolveu um revólver calibre 32, na 34 DP (Bangu) em agosto do ano passado. Até hoje ele aguarda a indenização:

-- Essa é um campanha maravilhosa. Os responsáveis precisam ter cuidados de base, para que nada dê errado.

Ministério da Justiça nega problemas de recursos

O militar da reserva Mário Eduardo Tibério Azevedo também não recebeu pelos dois revólveres que entregou no dia 22 de setembro do ano passado, na 151 DP, em Nova Friburgo:

-- Achei que esse era um projeto sério. Enganei-me. Eu me sinto vítima de propaganda enganosa.

O Ministério da Justiça alegou que não faltam recursos. Segundo o órgão, foram repassados a quem devolveu armas mais de 80% dos R$ 30 milhões destinados à campanha ano passado ? a partir de 15 de julho, quando a Lei do Desarmamento foi regulamentada. A campanha foi prorrogada até 23 de junho. Mais R$ 20 milhões foram destinados a indenizações.

Segundo o ministério, até agora 228.060 armas foram devolvidas. Com 26.098 armas entregues, dentre os estados.o Rio de Janeiro está em segundo lugar em números absolutos e em quinto lugar em números relativos. Para Antônio Rangel, do Viva Rio, o desafio agora é interiorizar a campanha no Rio:

-- Precisamos dos prefeitos, que podem garantir a expansão da campanha, limitada ao Grande Rio e a Macaé. É necessária a presença de uma autoridade policial. Guardas municipais podem fazer esse trabalho em postos instalados em igrejas, por exemplo. A Polícia Federal tem apenas seis postos no estado e muitos não gostam de ir a uma delegacia.

terça-feira, 4 de janeiro de 2005

Rio: Até no Mar Sai Tiroteio

Apesar da notícia abaixo ser um triste retrato da situação fora de controle no Rio de Janeiro, ela também demonstra que a população civil não precisa do governo para se defender. O grande problema da população civil no entanto é que nossos governantes têm trabalhado dia e noite para destruir o direito à autodefesa. Além de acabar com o porte legal de armas por civis nas ruas--agora só bandidos e certos membros do aparato estatal carregam armas--, nossos governantes estão tornando extremamente onerosa a posse de arma em casa e a prática do tiro. E não satisfeitos, estes mesmos governantes não aplicam energia nenhuma na perseguição e punição de bandidos. Essa campanha do desarmamento é a maior farsa da história do país, uma farsa cometida por uma cambada de hipócritas e ignorantes incapazes de ler sequer um livro antes de opinar sobre questões de vida ou morte.
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Rio, 04 de janeiro de 2005
O Globo - Versão impressa
Ataque de piratas, em Angra, acaba em tiroteio no mar
Ronaldo Braga

A Praia do Dentista, uma das mais famosas de Angra dos Reis, teve um tiroteio no último fim de semana, quando o Jango?s Bar, restaurante flutuante que fica fundeado na enseada, foi alvo de uma tentativa de assalto. Segundo policiais da 166 DP (Angra), os quatro assaltantes chegaram de barco e abordaram o restaurante flutuante, ao estilo dos piratas de antigamente. Pessoas que seriam seguranças particulares de empresários, cujas embarcações estavam fundeadas ali perto, reagiram e houve uma troca de tiros no mar. Os bandidos conseguiram fugir. Parte deles teria escapado a nado.

O delegado Francisco Benites Lopes esteve ontem no local para ouvir testemunhas. Um barqueiro teria sido ferido na virilha, mas a polícia não divulgou seu nome. O alvo dos bandidos era a féria do Jango?s. O flutuante tem pequenos botes que levam pratos e drinques para os barcos que ancoram ao seu redor, na enseada. O restaurante é muito procurado por grandes embarcações porque fica numa área com boa profundidade, de cerca de oito metros.

Segundo os policiais, vários empresários estavam perto, em lanchas, na hora do tiroteio. Ontem de manhã, turistas e moradores da região pediram mais segurança à Polícia Militar, à Polícia Civil e à Capitania dos Portos. Está sendo planejada uma grande operação, em data ainda não marcada, para reprimir a pirataria na Baía da Ilha Grande.

Um dos empresários que pediram mais segurança foi o presidente da empresa de telefonia Vivo, Francisco Padinha, que estava perto do Jango?s, no iate Royal Label. Ele estava hospedado numa casa de veraneio em Mombaça. Francisco Padinha veio passar a virada do ano no Estado do Rio porque patrocinou o réveillon e a procissão marítima de Angra dos Reis.